Como esperado, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou, na quarta-feira (16) a taxa básica de juros, a Selic, de 3,5% para 4,25% ao ano. Essa nova alta de 0,75 ponto percentual em relação a anterior mostra a preocupação do Banco Central (BC) em tentar frear a inflação e, ao mesmo tempo, deixá-la no patamar da meta do Governo Federal estipulada, neste ano, em 3,75% podendo oscilar de 2,25% a 5,25%.
“É uma tendência que deve se manter nas próximas reuniões do Copom. As últimas tentativas de conter os preços não surtiu o resultado esperado. Eles devem seguir essa lógica, provavelmente”, acredita o especialista em finanças Fernando Gonzaga. “Dessa maneira, eles conseguem, de fato, cumprir a meta estipulada para o ano”, complementa.
De acordo com o analista, a alta de 0,75 ponto percentual era esperada pelo mercado financeiro. Segundo ele, o comitê deixou essa possibilidade bem clara na penúltima reunião do colegiado, em maio, quando subiu a Selic de 2,75% para 3,5%.
Formado pelos diretores do BC, o Copom reúnem-se a cada 45 dias para definir o patamar da taxa. Eles se baseiam nos índices de inflação (IPCA) e projeções do mercado para o índice de preços. O objetivo é controlar o poder de compra da população, ou seja, a inflação.
Publicado em 17 de junho de 2021