A estimativa de inflação para 2022 é de 3,98% / Crédito: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

De acordo com uma estimativa do boletim Focus, pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), a previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, subiu de 7,27% para 7,58%, neste ano. Já é a 22ª vez consecutiva que o índice se eleva nesta projeção. Em agosto, o IPCA ficou em 0,87%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A projeção para 2021 está acima da meta de inflação, e deve ser perseguida pelo Banco Central. A meta, que é definida pelo Conselho Monetário Nacional, ficou estabelecida em 3,75% para este ano. Isso levando em conta o intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Com isso, o limite inferior é deverá ser 2,25% e o superior 5,25%.

A estimativa de inflação para 2022 é de 3,98%. Para 2023 e 2024, as previsões são de 3,25% e 3%, respectivamente.

Em julho, a inflação no país subiu 0,96%. Esse número é o maior resultado para o mês desde 2002, quando a alta ficou 1,19%. Com o resultado, a inflação acumulada em 12 meses chegou a 9,68%, a mais alta desde fevereiro de 2016, quando ficou em 10,36%. No ano, o IPCA acumula alta de 5,67%.

Taxa de juros

Estabelecida atualmente em 5,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom), a taxa básica de juros, a Selic, é usada pelo BC para alcançar a meta de inflação. E a expectativa do mercado financeiro, é de que a Selic encerre 2021 em 7,63% ao ano.

Desde março, este indicador acumulado em 12 meses tem ficado cada vez mais acima do teto da meta estabelecida pelo governo para a inflação deste ano, que é de 5,25%.

O Copom tende a aumentar a taxa básica de juros para conter a demanda aquecida. E isso acaba causando reflexos nos preços, já que os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. E quando o Copom faz o movimento oposto, ou seja reduz a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, o que reduz o controle da inflação e estimula a atividade econômica.

PIB e câmbio

As instituições financeiras consultadas pelo BC reduziram a projeção para o crescimento da economia brasileira este ano de 5,22% para 5,15%. Para 2022, a expectativa para Produto Interno Bruto (PIB) é de crescimento de 1,93%.

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Fernando
Por Fernando,
Publicado em 10 de setembro de 2021

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