Famílias tiveram 6,5% de crescimento e empresas, 4,7% no período.

O Banco Central divulgou, nesta semana, que os bancos emprestaram R$ 313,9 bilhões em fevereiro. O valor equivale a um aumento de 6% em relação a janeiro. De acordo com os dados publicados, para as famílias, o crescimento foi de 6,5% e, para as empresas, de 4,7% no mesmo período.

Para o analista em finanças Fernando Gonzaga, o resultado de fevereiro se deve ao aumento do crédito pessoal. “As principais finalidades dos empréstimos foram compra de veículos e composição de dívidas”, destaca e explica que o segundo caso é quando o cliente renegocia e transforma várias dívidas em apenas uma.

O especialista lembra que, no ano passado, ocorreu um aumento forte no saldo de composição de dívidas, pois o cidadão foi incentivado a renegociar. “Foi a forma que a economia encontrou para assegurar dinheiro em caixa para as empresas, aumentando as linhas de capital de giro de curto prazo”, resume Fernando Gonzaga.

Ainda de acordo com dados do banco Central, o uso do cartão de crédito à vista (quando o cliente paga o valor total da fatura) diminuiu 2,5%. Foi registrado, também, queda no rotativo não regular, quando o usuário paga abaixo do mínimo, de 10,7%.

Por fim, o cartão de crédito parcelado, no entanto, cresceu 9,5%. Houve alta também no cheque especial de 1,2%. “Aí onde está o risco para o cidadão. São créditos de percentuais muito altos. Se essas pessoas tivessem optado pelo crédito consignado, provavelmente, iriam pagar valores bem mais baixos no fim das contas”, finaliza o especialista.

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Fernando
Por Fernando,
Publicado em 31 de março de 2021

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